Crédito da foto: Divulgação Unisc
A inserção da prática da fitoterapia como um recurso terapêutico no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) foi o tema principal do painel Panorama de Prática da Fitoterapia nas Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e Atenção Básica - Desafios e Oportunidades, realizado no último dia 28, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). O painel, um evento que reuniu especialistas e representantes políticos da região, serviu de espaço para discutir os desafios e as oportunidades para a implantação da fitoterapia como uma das práticas integrativas e complementares no SUS.
A bióloga, especialista em saúde e referência técnica da Política Intersetorial de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PIPMF/RS), Carolina Fernandes, fez uma abordagem explicando as várias políticas públicas sobre plantas medicinais existentes e o processo de implantação da fitoterapia em alguns municípios.
Em seguida, a enfermeira Louana Theisen e a farmacêutica Leila Beatriz Schmitt, ambas representantes da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (13ª CRS), mostraram um panorama das PICS e da fitoterapia na região, do roteiro de implantação ao financiamento, sobre a ótica da gestão municipal.
Já a farmacêutica bioquímica Flávia Brasil Dias, fez um relato de experiência sobre a inclusão de fitoterápicos na atenção básica e a desprescrição de remédios benzodiazepínicos, utilizados para dormir, mostrando os resultados do Projeto Dormir e Sonhar Evita Medicar, que foi implementado no município de Vera Cruz.
Por fim, o membro da gerência técnica da Emater Gervásio Paulus mostrou alguns resultados da contribuição da entidade no contexto da PIPM.
O evento foi coordenado pela professora e coordenadora dos cursos de Farmácia e Estética e Cosmética, integrante do Projeto de Extensão Pró-saúde da Unisc e coordenadora técnica do Inova+Vales do Programa Inova/RS, Chana de Medeiros da Silva; e pelo engenheiro agrônomo da Emater, José Cláudio Secchi Motta. Também teve a participação da coordenadora adjunta da 13ª CRS, Aline Lima; o gerente regional adjunto da Emater - Região de Soledade, Carlos Correa da Rosa; e do diretor de Extensão, Pesquisa e Stricto Sensu da Unisc, Adílson Ben da Costa.
Saiba mais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) procura estimular o uso de práticas alternativas como recurso terapêutico de saúde. No Brasil, estas práticas são denominadas Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que foram incluídas e reconhecidas pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, criada em 2006, e que hoje totalizam 29 práticas reconhecidas.
No entanto, apesar da regulamentação política, essas práticas ainda são pouco utilizadas no SUS e, muitas vezes, são desconhecidas pelos usuários do sistema de saúde, pelos gestores municipais e pelo público em geral.
A fitoterapia é um desses recursos terapêuticos e é caracterizada pelo uso de plantas medicinais em diferentes formas e preparações farmacêuticas.