O pesquisador, professor e coordenador dos Cursos de Comunicação Social da Unisc, Willian Araújo, escreveu um dos capítulos do livro AI for Everyone? Critical Perspectives, que será lançado no próximo semestre.
O professor e pesquisador dos Cursos de Comunicação Social da Unisc, Willian Fernandes Araújo, participou da construção de um livro da Universidade de Westminster, localizada no Reino Unido, que aborda a Inteligência Artificial.
Willian escreveu um capítulo do livro AI for Everyone? Critical Perspectives, que será publicado pela editora da Universidade de Westminster. A obra tem como objetivo apresentar reflexões e debates em torno da Inteligência Artificial, com perspectiva crítica e olhar para o futuro.
O livro pertence a uma coletânea chamada Critical Digital and Social Media Studies, editada por Christian Fuchs - um autor referência dos estudos críticos da mídia. Para a Unisc, fazer parte da construção do conhecimento científico que transcende fronteiras, através do trabalho de seu corpo docente, é de grande importância.
Willian escreveu o capítulo intitulado Beyond Mechanical Turk: The Work of Brazilians on Global AI Platforms em parceria com o pesquisador Rafael Grohmann, professor da Unisinos. “É uma publicação que cumpre papel importante na pesquisa sobre Inteligência Artificial, apontando pontos de atenção para pensar um desenvolvimento responsável para esse paradigma tecnológico”, afirma Willian.
Sobre o trabalho desenvolvido, Willian ainda acrescenta que “a construção de uma indústria global em torno do conceito de inteligência artificial abre muitas oportunidades, mas também traz diversos desafios. É muito gratificante colaborar com o mapeamento desses desafios e colocar a Unisc como espaço acadêmico no qual essas transformações sociais e tecnológicas estão sendo pensadas”.
Para quem quiser conferir, o livro será disponibilizado gratuitamente no segundo semestre deste ano, através do site da Universidade de Westminster.
A pesquisa
No capítulo desenvolvido, os professores Willian Fernandes Araújo e Rafael Grohmann, apresentam uma pesquisa exploratória com trabalhadores brasileiros de plataformas de inteligência artificial: trabalhos realizados de modo online, como a análise de anúncios, moderação de conteúdos e produção de imagens.
“Buscamos mapear as principais características do trabalho em projetos de inteligência artificial e como isso condiciona a produção de dados. De modo geral, observamos que embora o setor da inteligência artificial esteja envolvido em um discurso de eficiência e automação, na produção dos dados há uma camada que depende do trabalho precário geralmente de trabalhadores de países do Sul Global, como o Brasil. Nossa análise demonstra que há mais negociação, conflito e baixa tecnologia na força de trabalho do Sul Global da indústria de Inteligência Artificial do que é apresentado nos discursos das plataformas globais” explica Willian.
