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Projeto de extensão da Unisc tem parceria com a Efasc e Efasol e alcança os 23 municípios da região, por meio de jovens agricultores e suas famílias

Desde 2018, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) tem o Observatório da Educação do Campo do Vale do Rio Pardo, experiência que relaciona ensino, pesquisa e extensão. Além disso, trata-se de uma parceria entre a Universidade e a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) e Escola Família Agrícola de Vale do Sol (Efasol).

O Observatório tem origem nas lutas das Escolas Famílias Agrícolas (Efas) contra o fechamento das escolas no campo e a defesa da agricultura familiar agroecológica; com isso, em defesa da educação contextualizada como um direito. A existência de um Observatório era parte das demandas do movimento Articulação em Defesa da Educação do Campo (AEDOC), e é um movimento que integra professores e professoras da educação básica, além de pesquisadores e pesquisadoras de universidades públicas comunitárias e privadas. Faz parte de uma rede de observatórios coordenada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

Fotos: Divulgação Efas

efasol Divulgação

Efasol

efasccertaSITE Divulgação

Efasc

“Desde então, viemos compartilhando saberes e produzindo conhecimentos através de uma ação, ou se preferirem, intervenção na comunidade. As atividades são realizadas coletivamente. Essa é uma das características da ação dialógica, na perspectiva freireana. Ou seja, ocorrem entre sujeitos que se encontram e, ainda que tenham papéis e funções distintas de responsabilidades, confiam uns nos outros. Com isso, entendemos que ao invés de extensão, como transmissão de saberes, promovemos comunicação. Como dinâmica, realizamos encontros semanais e, conforme as demandas, participamos e organizamos seminários, reuniões de grupo de trabalhos e eventos”, explica a coordenadora do Observatório e professora da Unisc, Cheron Zanini Moretti.

cheron Divulgação

Cheron Zanini Moretti coordena o projeto

Hoje, o Observatório, em diálogo com as duas escolas famílias agrícolas, alcança os 23 municípios da região através de mais de 200 estudantes, jovens agricultores, além das respectivas famílias. “Com isso, estima-se o contato com mais de 120 comunidades e localidades em todo o território. Isso se deve, em grande medida, à pedagogia realizada pela Efas. A alternância entre o tempo na escola e o tempo na comunidade favorecem o diálogo e pertencimento à cultura local, bem como a relação direta e indireta com o Observatório da Educação do Campo do Vale do Rio Pardo.”

Como Observatório, é reunido um conjunto de dados e de informações sobre educação no campo, bem como a análise deles. “Nossa importância é tanto educacional quanto social. Pois, podemos apoiar pedagógica e politicamente os povos do campo na defesa da escola pública; fortalecer os fóruns da Educação do Campo; sistematizar experiências educacionais do/no campo da região, inclusive, apoiando as experiências de mulheres trabalhadoras rurais na transição agroecológica, para soberania alimentar e para a igualdade de gênero. Temos, de maneira mútua, nos apoiado na formação de docentes e pesquisadores por meio de projetos de pesquisas realizados no âmbito das Efas, principalmente, a partir de sua validação e necessidades”, complementa Cheron.

Observatório Divulgação 2

Observatório Divulgação 3

Observatório Divulgação 4

Opinião de quem faz o dia a dia na escola

“O Observatório de Educação do Campo é uma construção coletiva fruto da mobilização e engajamento de sujeitos que pesquisam, vivenciam e presenciam a educação do campo do nosso Estado e aqui da nossa região do Vale do Rio Pardo. É por isso que ele tem uma importância social e política para nós, que fazemos e estamos cotidianamente movendo os processos educacionais do campo (professores, estudantes, famílias que moram e estabelecem sua existência no campo – na zona rural). Ele surge da necessidade de denunciar os fechamentos de escolas e, por consequência, os descasos com as escolas do campo e, portanto, com os sujeitos deste campo. A sua existência permite que possamos nos mobilizar por aquilo que faz essa região: a agricultura familiar, sendo que essa é feita por pessoas. E essas pessoas necessitam de educação no espaço em que vivem e estabelecem suas vidas. Portanto, o Observatório tem a importância de fornecer dados e informações para as lutas e mobilizações pela mantença e garantia de políticas públicas para a educação do campo. Ele surge de nossas lutas e para nossas lutas por qualidade educacional na educação do campo.”

Cristina Luisa Bencke Vergutz, coordenadora pedagógica da Efasc

cristina Divulgação


“O Observatório de Educação do Campo tem sido bastante importante para a Efasol, por representar uma comunhão de pessoas, instituições e propósitos. A partilha de saberes de forma dialógica tem integrado monitores, pesquisadores, estudantes e famílias de todo o Vale do Rio Pardo, na defesa da educação no campo, da agricultura familiar e da agroecologia. Este coletivo proporciona um espaço fundamental na construção de conhecimento de todos os sujeitos envolvidos.”

Marlon Antonio Bianchini, monitor de Ciências Humanas e Sociais e também contribui na prática agrícola da Efasol

marlon Divulgação 

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Projeto de extensão da Unisc tem parceria com a Efasc e Efasol e alcança os 23 municípios da região, por meio de jovens agricultores e suas famílias

Desde 2018, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) tem o Observatório da Educação do Campo do Vale do Rio Pardo, experiência que relaciona ensino, pesquisa e extensão. Além disso, trata-se de uma parceria entre a Universidade e a Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) e Escola Família Agrícola de Vale do Sol (Efasol).

O Observatório tem origem nas lutas das Escolas Famílias Agrícolas (Efas) contra o fechamento das escolas no campo e a defesa da agricultura familiar agroecológica; com isso, em defesa da educação contextualizada como um direito. A existência de um Observatório era parte das demandas do movimento Articulação em Defesa da Educação do Campo (AEDOC), e é um movimento que integra professores e professoras da educação básica, além de pesquisadores e pesquisadoras de universidades públicas comunitárias e privadas. Faz parte de uma rede de observatórios coordenada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

Fotos: Divulgação Efas

efasol Divulgação

Efasol

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Efasc

“Desde então, viemos compartilhando saberes e produzindo conhecimentos através de uma ação, ou se preferirem, intervenção na comunidade. As atividades são realizadas coletivamente. Essa é uma das características da ação dialógica, na perspectiva freireana. Ou seja, ocorrem entre sujeitos que se encontram e, ainda que tenham papéis e funções distintas de responsabilidades, confiam uns nos outros. Com isso, entendemos que ao invés de extensão, como transmissão de saberes, promovemos comunicação. Como dinâmica, realizamos encontros semanais e, conforme as demandas, participamos e organizamos seminários, reuniões de grupo de trabalhos e eventos”, explica a coordenadora do Observatório e professora da Unisc, Cheron Zanini Moretti.

cheron Divulgação

Cheron Zanini Moretti coordena o projeto

Hoje, o Observatório, em diálogo com as duas escolas famílias agrícolas, alcança os 23 municípios da região através de mais de 200 estudantes, jovens agricultores, além das respectivas famílias. “Com isso, estima-se o contato com mais de 120 comunidades e localidades em todo o território. Isso se deve, em grande medida, à pedagogia realizada pela Efas. A alternância entre o tempo na escola e o tempo na comunidade favorecem o diálogo e pertencimento à cultura local, bem como a relação direta e indireta com o Observatório da Educação do Campo do Vale do Rio Pardo.”

Como Observatório, é reunido um conjunto de dados e de informações sobre educação no campo, bem como a análise deles. “Nossa importância é tanto educacional quanto social. Pois, podemos apoiar pedagógica e politicamente os povos do campo na defesa da escola pública; fortalecer os fóruns da Educação do Campo; sistematizar experiências educacionais do/no campo da região, inclusive, apoiando as experiências de mulheres trabalhadoras rurais na transição agroecológica, para soberania alimentar e para a igualdade de gênero. Temos, de maneira mútua, nos apoiado na formação de docentes e pesquisadores por meio de projetos de pesquisas realizados no âmbito das Efas, principalmente, a partir de sua validação e necessidades”, complementa Cheron.

Observatório Divulgação 2

Observatório Divulgação 3

Observatório Divulgação 4

Opinião de quem faz o dia a dia na escola

“O Observatório de Educação do Campo é uma construção coletiva fruto da mobilização e engajamento de sujeitos que pesquisam, vivenciam e presenciam a educação do campo do nosso Estado e aqui da nossa região do Vale do Rio Pardo. É por isso que ele tem uma importância social e política para nós, que fazemos e estamos cotidianamente movendo os processos educacionais do campo (professores, estudantes, famílias que moram e estabelecem sua existência no campo – na zona rural). Ele surge da necessidade de denunciar os fechamentos de escolas e, por consequência, os descasos com as escolas do campo e, portanto, com os sujeitos deste campo. A sua existência permite que possamos nos mobilizar por aquilo que faz essa região: a agricultura familiar, sendo que essa é feita por pessoas. E essas pessoas necessitam de educação no espaço em que vivem e estabelecem suas vidas. Portanto, o Observatório tem a importância de fornecer dados e informações para as lutas e mobilizações pela mantença e garantia de políticas públicas para a educação do campo. Ele surge de nossas lutas e para nossas lutas por qualidade educacional na educação do campo.”

Cristina Luisa Bencke Vergutz, coordenadora pedagógica da Efasc

cristina Divulgação


“O Observatório de Educação do Campo tem sido bastante importante para a Efasol, por representar uma comunhão de pessoas, instituições e propósitos. A partilha de saberes de forma dialógica tem integrado monitores, pesquisadores, estudantes e famílias de todo o Vale do Rio Pardo, na defesa da educação no campo, da agricultura familiar e da agroecologia. Este coletivo proporciona um espaço fundamental na construção de conhecimento de todos os sujeitos envolvidos.”

Marlon Antonio Bianchini, monitor de Ciências Humanas e Sociais e também contribui na prática agrícola da Efasol

marlon Divulgação 

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