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Na Unisc diversas profissionais mulheres constroem um futuro melhor para a comunidade.
Caroline Ritt é uma delas.

Com a pandemia da Covid-19, devido ao isolamento social, mulheres vítimas de violência doméstica começaram a passar mais tempo com seus agressores. Este pode ter sido um dos fatores desencadeantes para o aumento no índice de casos de agressão contra a mulher no ano de 2020, quando o país registrou 105.821 denúncias.

Foi por essa razão que a advogada e professora da Unisc, Caroline Ritt, buscou formas de lutar contra a violência de gênero no cenário da pandemia. A profissional desenvolve, há oito anos, o projeto de extensão Direitos da Mulher Agredida e, durante parte de 2020, criou o Tele Maria da Penha – que também assegurava atendimento jurídico à mulheres vítimas.

“Quando, devido a pandemia, não foi possível estar fisicamente dentro das delegacias, onde desenvolvemos o projeto Direitos da Mulher Agredida, criamos outra maneira de seguir auxiliando mulheres vítimas. O Tele Maria da Penha gerou a possibilidade da mulher ligar, esclarecer dúvidas ou pedir ajuda com privacidade e de forma gratuita.”, explica Caroline.

Parte significativa das vítimas não possui conhecimento sobre seus direitos e sobre as garantias que a legislação determina. Segundo Caroline, “o atendimento e a orientação jurídica auxiliam a esclarecer e a direcionar as vítimas. Então, mesmo diante das restrições da pandemia, o objetivo é seguir com o projeto, para ajudar mulheres que necessitam de apoio para sair da situação de violência”.

Bolsista do projeto, Vanessa, em atendimento na Delegacia de Santa Cruz do Sul.
Bolsista do projeto, Vanessa, em atendimento na Delegacia de Santa Cruz do Sul.

É válido lembrar que mulheres que sofrem violência doméstica devem buscar ajuda em canais de denúncia, como o número 180 e a Delegacia da Mulher, ou em órgãos de Proteção, como o Ministério Público e a Defensoria Pública. Em Santa Cruz do Sul também existe a possibilidade de solicitar auxílio no Gabinete de Assistência Judiciária da Unisc (GAJ).

“Desejo que onde há violência, haja a possibilidade de denúncia e de políticas públicas de auxílio e de acolhimento às mulheres. Eu gosto muito do que faço, poder ajudar outras mulheres é gratificante. Mas espero que possamos encontrar soluções para este sério problema social e construir uma realidade verdadeiramente justa.”, acrescenta Caroline.


Mulheres que lutam por mulheres

Caroline Ritt possui pós-doutorado em Direitos Fundamentais e, há 15 anos, é professora do curso de Direito da Unisc. A preocupação com as causas sociais a inspirou a atuar ativamente para o bem-estar da população. Com o Direitos da Mulher Agredida mais de 800 mulheres da região contaram com apoio jurídico gratuito.

O projeto de extensão começou a ser desenvolvido há oito anos, em Santa Cruz do Sul, atendendo mulheres vítimas. Em 2019, Montenegro também passou a contar com os serviços. O crescimento da iniciativa acelerou em 2020, quando foi contemplada com o Edital Transition, - que tem foco em Direitos Humanos - do Consulado da República Tcheca, e passou a acontecer em Rio Pardo, Sobradinho e Venâncio Aires.

Atualmente, estes cinco municípios são beneficiados com o projeto de extensão, que acontece através da parceria da Unisc com a Polícia Civil. Os atendimentos são ofertados na Delegacia de Mulher de cada cidade, através de bolsistas do curso de Direito.

“Estamos realizando os atendimentos com todos os protocolos sanitários vigentes. Nosso maior objetivo é prestar ajuda às mulheres em situação de violência. Para isso se tornar realidade, contamos com o trabalho de bolsistas capacitados para atender com sensibilidade cada mulher,  e com o apoio de delegadas, delegados e da polícia civil que acolheram nosso projeto desde o início”, aponta Caroline.

Professora Caroline RittProfessora Caroline Ritt.

Iniciativas que fazem a diferença

A Unisc é uma universidade comunitária que apoia e desenvolve ações em prol do desenvolvimento da região. Caroline acredita que este caráter comunitário foi o que possibilitou o sucesso do projeto: “sempre contei com apoio do núcleo de extensão da Unisc, na pessoa do Professor Ângelo Hoff. Além do forte incentivo da reitora, Carmen Lúcia de Lima Helfer, que é muito sensível à temática. Acredito que estar na comunidade, colaborar com a solução de problemas e possibilitar formação humanista aos acadêmicos seja o papel da extensão.”.  

Caroline também acredita na educação como ferramenta na luta por mudanças sociais. “A sociedade ainda está baseada em valores patriarcais e as desigualdades de gênero são muitas. Mas acredito verdadeiramente na mudança desta realidade. E percebo que a educação tem um papel fundamental para conquistar isso.”, complementa.

Professora Caroline Ritt e Aline, bolsista do projeto em Venâncio AiresProfessora Caroline Ritt e Aline, bolsista do projeto em Venâncio Aires.

 

Conheça outras histórias de profissionais da Unisc

No mês da mulher, a Unisc deseja que todas reconheçam sua força para ocupar espaços com protagonismo. Como forma de inspiração, na segunda-feira, 8, contamos sobre o trabalho da Andreia Valim. Na próxima semana apresentaremos mais duas profissionais que colaboram com o desenvolvimento da comunidade. Acompanhe nosso site para conferir!

 “Aqui na Universidade temos grandes exemplos de mulheres e profissionais maravilhosas, ocupando as mais diferentes atribuições. Em 2020 isso ficou em evidencia, pois todas precisaram se reinventar. Fosse pra enfrentar a pandemia na linha de frente, para adaptar seus formatos de trabalho ou para seguir colaborando com o bem-estar da comunidade. Foi essa coragem e essa união que nos fez seguir em frente. Tenho muito orgulho de estar perto de tantas pessoas competentes!”, destaca Carmen Lúcia de Lima Helfer, reitora da Unisc.

 

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Na Unisc diversas profissionais mulheres constroem um futuro melhor para a comunidade.
Caroline Ritt é uma delas.

Com a pandemia da Covid-19, devido ao isolamento social, mulheres vítimas de violência doméstica começaram a passar mais tempo com seus agressores. Este pode ter sido um dos fatores desencadeantes para o aumento no índice de casos de agressão contra a mulher no ano de 2020, quando o país registrou 105.821 denúncias.

Foi por essa razão que a advogada e professora da Unisc, Caroline Ritt, buscou formas de lutar contra a violência de gênero no cenário da pandemia. A profissional desenvolve, há oito anos, o projeto de extensão Direitos da Mulher Agredida e, durante parte de 2020, criou o Tele Maria da Penha – que também assegurava atendimento jurídico à mulheres vítimas.

“Quando, devido a pandemia, não foi possível estar fisicamente dentro das delegacias, onde desenvolvemos o projeto Direitos da Mulher Agredida, criamos outra maneira de seguir auxiliando mulheres vítimas. O Tele Maria da Penha gerou a possibilidade da mulher ligar, esclarecer dúvidas ou pedir ajuda com privacidade e de forma gratuita.”, explica Caroline.

Parte significativa das vítimas não possui conhecimento sobre seus direitos e sobre as garantias que a legislação determina. Segundo Caroline, “o atendimento e a orientação jurídica auxiliam a esclarecer e a direcionar as vítimas. Então, mesmo diante das restrições da pandemia, o objetivo é seguir com o projeto, para ajudar mulheres que necessitam de apoio para sair da situação de violência”.

Bolsista do projeto, Vanessa, em atendimento na Delegacia de Santa Cruz do Sul.
Bolsista do projeto, Vanessa, em atendimento na Delegacia de Santa Cruz do Sul.

É válido lembrar que mulheres que sofrem violência doméstica devem buscar ajuda em canais de denúncia, como o número 180 e a Delegacia da Mulher, ou em órgãos de Proteção, como o Ministério Público e a Defensoria Pública. Em Santa Cruz do Sul também existe a possibilidade de solicitar auxílio no Gabinete de Assistência Judiciária da Unisc (GAJ).

“Desejo que onde há violência, haja a possibilidade de denúncia e de políticas públicas de auxílio e de acolhimento às mulheres. Eu gosto muito do que faço, poder ajudar outras mulheres é gratificante. Mas espero que possamos encontrar soluções para este sério problema social e construir uma realidade verdadeiramente justa.”, acrescenta Caroline.


Mulheres que lutam por mulheres

Caroline Ritt possui pós-doutorado em Direitos Fundamentais e, há 15 anos, é professora do curso de Direito da Unisc. A preocupação com as causas sociais a inspirou a atuar ativamente para o bem-estar da população. Com o Direitos da Mulher Agredida mais de 800 mulheres da região contaram com apoio jurídico gratuito.

O projeto de extensão começou a ser desenvolvido há oito anos, em Santa Cruz do Sul, atendendo mulheres vítimas. Em 2019, Montenegro também passou a contar com os serviços. O crescimento da iniciativa acelerou em 2020, quando foi contemplada com o Edital Transition, - que tem foco em Direitos Humanos - do Consulado da República Tcheca, e passou a acontecer em Rio Pardo, Sobradinho e Venâncio Aires.

Atualmente, estes cinco municípios são beneficiados com o projeto de extensão, que acontece através da parceria da Unisc com a Polícia Civil. Os atendimentos são ofertados na Delegacia de Mulher de cada cidade, através de bolsistas do curso de Direito.

“Estamos realizando os atendimentos com todos os protocolos sanitários vigentes. Nosso maior objetivo é prestar ajuda às mulheres em situação de violência. Para isso se tornar realidade, contamos com o trabalho de bolsistas capacitados para atender com sensibilidade cada mulher,  e com o apoio de delegadas, delegados e da polícia civil que acolheram nosso projeto desde o início”, aponta Caroline.

Professora Caroline RittProfessora Caroline Ritt.

Iniciativas que fazem a diferença

A Unisc é uma universidade comunitária que apoia e desenvolve ações em prol do desenvolvimento da região. Caroline acredita que este caráter comunitário foi o que possibilitou o sucesso do projeto: “sempre contei com apoio do núcleo de extensão da Unisc, na pessoa do Professor Ângelo Hoff. Além do forte incentivo da reitora, Carmen Lúcia de Lima Helfer, que é muito sensível à temática. Acredito que estar na comunidade, colaborar com a solução de problemas e possibilitar formação humanista aos acadêmicos seja o papel da extensão.”.  

Caroline também acredita na educação como ferramenta na luta por mudanças sociais. “A sociedade ainda está baseada em valores patriarcais e as desigualdades de gênero são muitas. Mas acredito verdadeiramente na mudança desta realidade. E percebo que a educação tem um papel fundamental para conquistar isso.”, complementa.

Professora Caroline Ritt e Aline, bolsista do projeto em Venâncio AiresProfessora Caroline Ritt e Aline, bolsista do projeto em Venâncio Aires.

 

Conheça outras histórias de profissionais da Unisc

No mês da mulher, a Unisc deseja que todas reconheçam sua força para ocupar espaços com protagonismo. Como forma de inspiração, na segunda-feira, 8, contamos sobre o trabalho da Andreia Valim. Na próxima semana apresentaremos mais duas profissionais que colaboram com o desenvolvimento da comunidade. Acompanhe nosso site para conferir!

 “Aqui na Universidade temos grandes exemplos de mulheres e profissionais maravilhosas, ocupando as mais diferentes atribuições. Em 2020 isso ficou em evidencia, pois todas precisaram se reinventar. Fosse pra enfrentar a pandemia na linha de frente, para adaptar seus formatos de trabalho ou para seguir colaborando com o bem-estar da comunidade. Foi essa coragem e essa união que nos fez seguir em frente. Tenho muito orgulho de estar perto de tantas pessoas competentes!”, destaca Carmen Lúcia de Lima Helfer, reitora da Unisc.

 

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