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Os participantes eram crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, do sexo feminino e masculino, de escolas públicas e privadas de Santa Cruz do Sul

A doutoranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Ana Paula Sehn, orientada pelas professoras Cézane Priscila Reuter e Jane Dagmar Pollo Renner, realizou um estudo que objetivou analisar a relação da atividade física, duração do sono e tempo de tela com o desenvolvimento de risco cardiometabólico em crianças e adolescentes. A pesquisa utilizou dados de estudos de base escolar, denominados “Saúde dos Escolares”, das fases III e IV, desenvolvidos na Unisc. Os participantes eram crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, do sexo feminino e masculino, de escolas públicas e privadas de Santa Cruz do Sul. 

Segundo Ana Paula, em idades precoces já se tem observado a presença de fatores de risco cardiometabólicos, que são a alteração da pressão arterial, valores aumentados de colesterol total, triglicerídeos e glicemia em jejum e o excesso de peso. “Essas alterações aumentam as chances de desenvolver doenças cardiovasculares que são a principal causa da mortalidade mundial. Sabe-se que diversos fatores influenciam no desenvolvimento do risco cardiometabólico e entre eles estão os comportamentos de atividade física, duração do sono e tempo de tela. Diante disso, julgou-se importante entender as relações desses comportamentos com o risco cardiometabólico.”

Nesse sentido, o estudo de tese constatou uma prevalência elevada de inatividade física entre meninos (80,7%) e a duração do sono inadequada entre meninas (42,6%) que apresentaram risco cardiometabólico alterado. Além disso, destacou a importância de atender às recomendações de atividade física (60 minutos/dia de atividade física), sugeridas pela Organização Mundial da Saúde, bem como pelo Guia de Atividade Física para a População Brasileira, para manter uma boa saúde cardiometabólica na população pediátrica. 

Ainda, observou-se que após dois anos de acompanhamento, um aumento no tempo destinado para a prática de atividade física semanal parece reduzir o efeito negativo do tempo em frente às telas na saúde de crianças e adolescentes, visto que as evidências científicas apontam que o alto tempo despendido em frente às telas é prejudicial, pois eleva o risco de desenvolver desordens cardiometabólicas. 

O estudo também verificou que um maior índice de massa corporal (IMC) está associado com um maior risco cardiometabólico após dois anos; e um maior tempo despendido em frente às telas (televisão, computador e videogame) está relacionado com uma menor duração do sono após esse mesmo período. 

A partir dos resultados obtidos nessa tese, Ana Paula ressalta a importância de investigar os desfechos de saúde e seus fatores de risco desde a infância, inclusive dentro do ambiente escolar por meio de ações de Educação em Saúde. Ainda, as estratégias de saúde pública devem estimular a população infantojuvenil a adotar hábitos de vida saudáveis, atendendo as recomendações de atividade física, comportamento sedentário e duração de sono para a prevenção de doenças cardiometabólicas. Também destaca-se a realização de programas de saúde, como o Programa Saúde na Escola do Governo Federal, para promoção da saúde de jovens.  

A tese também envolveu inovação tecnológica por meio do desenvolvimento de um aplicativo para avaliação de risco cardiometabólico já na infância e adolescência, realizado em parceria com a professora Rejane Frozza do Programa de Pós-Graduação em Sistemas e Processos Industriais da Unisc e do Departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação e do egresso do Curso de Ciência da Computação, Roger Fagner Rothmund. 

Observou-se a importância de uma padronização para avaliar a saúde cardiometabólica desde idades precoces, uma vez que há diversas formas de avaliação utilizadas na prática clínica. Esse monitoramento precoce é relevante para minimizar o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas na vida adulta. “Portanto, com o desenvolvimento desse aplicativo será possível avaliar de maneira padronizada a síndrome metabólica de crianças e adolescentes.”

AnaPaula Divulgação

Ana Paula Sehn

 

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Os participantes eram crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, do sexo feminino e masculino, de escolas públicas e privadas de Santa Cruz do Sul

A doutoranda do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Ana Paula Sehn, orientada pelas professoras Cézane Priscila Reuter e Jane Dagmar Pollo Renner, realizou um estudo que objetivou analisar a relação da atividade física, duração do sono e tempo de tela com o desenvolvimento de risco cardiometabólico em crianças e adolescentes. A pesquisa utilizou dados de estudos de base escolar, denominados “Saúde dos Escolares”, das fases III e IV, desenvolvidos na Unisc. Os participantes eram crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, do sexo feminino e masculino, de escolas públicas e privadas de Santa Cruz do Sul. 

Segundo Ana Paula, em idades precoces já se tem observado a presença de fatores de risco cardiometabólicos, que são a alteração da pressão arterial, valores aumentados de colesterol total, triglicerídeos e glicemia em jejum e o excesso de peso. “Essas alterações aumentam as chances de desenvolver doenças cardiovasculares que são a principal causa da mortalidade mundial. Sabe-se que diversos fatores influenciam no desenvolvimento do risco cardiometabólico e entre eles estão os comportamentos de atividade física, duração do sono e tempo de tela. Diante disso, julgou-se importante entender as relações desses comportamentos com o risco cardiometabólico.”

Nesse sentido, o estudo de tese constatou uma prevalência elevada de inatividade física entre meninos (80,7%) e a duração do sono inadequada entre meninas (42,6%) que apresentaram risco cardiometabólico alterado. Além disso, destacou a importância de atender às recomendações de atividade física (60 minutos/dia de atividade física), sugeridas pela Organização Mundial da Saúde, bem como pelo Guia de Atividade Física para a População Brasileira, para manter uma boa saúde cardiometabólica na população pediátrica. 

Ainda, observou-se que após dois anos de acompanhamento, um aumento no tempo destinado para a prática de atividade física semanal parece reduzir o efeito negativo do tempo em frente às telas na saúde de crianças e adolescentes, visto que as evidências científicas apontam que o alto tempo despendido em frente às telas é prejudicial, pois eleva o risco de desenvolver desordens cardiometabólicas. 

O estudo também verificou que um maior índice de massa corporal (IMC) está associado com um maior risco cardiometabólico após dois anos; e um maior tempo despendido em frente às telas (televisão, computador e videogame) está relacionado com uma menor duração do sono após esse mesmo período. 

A partir dos resultados obtidos nessa tese, Ana Paula ressalta a importância de investigar os desfechos de saúde e seus fatores de risco desde a infância, inclusive dentro do ambiente escolar por meio de ações de Educação em Saúde. Ainda, as estratégias de saúde pública devem estimular a população infantojuvenil a adotar hábitos de vida saudáveis, atendendo as recomendações de atividade física, comportamento sedentário e duração de sono para a prevenção de doenças cardiometabólicas. Também destaca-se a realização de programas de saúde, como o Programa Saúde na Escola do Governo Federal, para promoção da saúde de jovens.  

A tese também envolveu inovação tecnológica por meio do desenvolvimento de um aplicativo para avaliação de risco cardiometabólico já na infância e adolescência, realizado em parceria com a professora Rejane Frozza do Programa de Pós-Graduação em Sistemas e Processos Industriais da Unisc e do Departamento de Engenharias, Arquitetura e Computação e do egresso do Curso de Ciência da Computação, Roger Fagner Rothmund. 

Observou-se a importância de uma padronização para avaliar a saúde cardiometabólica desde idades precoces, uma vez que há diversas formas de avaliação utilizadas na prática clínica. Esse monitoramento precoce é relevante para minimizar o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas na vida adulta. “Portanto, com o desenvolvimento desse aplicativo será possível avaliar de maneira padronizada a síndrome metabólica de crianças e adolescentes.”

AnaPaula Divulgação

Ana Paula Sehn

 

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