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Ocorreu nesta terça-feira, 2 de abril, a 7ª Conferência Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul. O evento, que acontece de quatro em quatro anos, reuniu no plenário da Câmara de Vereadores, usuários, trabalhadores em saúde, prestadores de serviços e gestores municipais e estaduais, com o propósito de debater e propor diretrizes para a formulação de políticas públicas de saúde, em âmbito municipal.

Ao abrir a conferência, o secretário da pasta, Régis de Oliveira Júnior, ressaltou a importância da participação da população nas discussões propostas. “É um momento de reflexão, é hora de pararmos e discutirmos a saúde que queremos. O SUS não existe sem o gestor, não existe sem o prestador de serviço, não existe sem o trabalhador e não existe sem o usuário”, salientou.

Logo após a cerimônia oficial de abertura, o Núcleo Municipal de Educação Coletiva (Numesc) apresentou duas experiências exitosas da rede de atenção básica. A primeira delas, o grupo de cuidadores de pessoas com Alzheimer da ESF Senai, que promove práticas de reflexões, dinâmicas, conversas, rodas de chimarrão, entre outras atividades. O segundo relato foi feito pelo Cerest, acerca da ginástica terapêutica chinesa, mais conhecida como Lian Gong, e que promove benefícios como melhora funcional, equilíbrio, força, alívio da dor, interação social, entre outros. A prática já acontece também na rede municipal, na posto de saúde Avenida.

Ainda na parte da manhã, representantes do Conselho Municipal de Saúde (CMS), da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) e da Unisc relataram as visões do SUS sob diferentes perspectivas. Cada painelista falou por cerca de 15 minutos em torno do tema central da conferência: Democracia e Saúde: Saúde como direito e consolidação e Financiamento do SUS.

Durante sua fala, a professora do curso de Enfermagem da Unisc, Ana Zoé Schilling da Cunha, fez uma retrospectiva do período de criação do SUS, das fases de desenvolvimento e sobrevivência do modelo e sobre o atual momento de incertezas pelo qual passa o sistema, especialmente devido aos encargos cada vez maiores para os municípios. “O SUS, desde sua criação, não foi prioridade para nenhum governo. Os municípios precisam fazer uma verdadeira ginástica para poder oferecer um mínimo de saúde à população”, revelou.

Sobre o futuro do SUS para os brasileiros, a professora disse que o modelo não vai acabar, mas que deverá ser aperfeiçoado. “O SUS não vai desaparecer, ele é resultado de anos de luta dos movimentos sociais e essa luta continua no sentido de melhorar”, ressaltou. Quanto à falta de recursos para suprir todas as demandas, ela disse que diante dessa realidade, é preciso conhecer as prioridades.

 

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