Os testes do tipo PCR começaram a ser realizados nesta quarta-feira, com objetivo de antecipar os resultados e prevenir a propagação do vírus
Nesta quarta-feira, 22, a Unisc começou a realizar os testes para identificar a presença da Covid-19 na população santa-cruzense. Para o processo de testagem, uma amostra dos pacientes é coletada, por meio de um swab (tipo de cotonete específico para coleta) na nasofaringe. A coleta é realizada pela vigilância epidemiológica do município de Santa Cruz do Sul nos Hospitais de Campanha, Santa Cruz e Ana Nery. Após, o material é encaminhado para análise no laboratório da Universidade. Em primeiro momento, existem aproximadamente 100 testes e, diante de necessidade, a expectativa é de que seja possível analisar de 50 a 100 ao dia.
O método de testagem utilizado na Unisc é o RT- PCR (nome oriundo do inglês, traduzido para Reação em Cadeia da Polimerase), considerado o padrão-ouro para o diagnóstico da Covid-19, que detecta a presença do RNA da SARS-CoV-2 na amostra analisada. Para Andreia Valim, diretora de Inovação e Empreendedorismo da Unisc, que está à frente do processo, o trabalho exige “uma grande responsabilidade e, portanto, todos os profissionais envolvidos estão atuando com seriedade para dar conta do compromisso que a Unisc assumiu com a comunidade”.
O teste PCR identifica o vírus em sua fase ativa no organismo e havendo o laudo positivo é possível realizar o procedimento médico adequado: seja de internação, nos casos mais graves, ou de isolamento social para prevenir a propagação da doença. “Realizar os testes na cidade antecipa o acesso aos resultados, que vão chegar em até 48h horas. Antes a espera era, em média, de uma semana e diminuir esse tempo representa poder agir contra a disseminação do vírus”, explica a professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde e dos cursos da saúde da Unisc, Jane Renner.
O aumento dos testes realizados no município, além de antecipar resultados, torna possível compreender a dimensão da Covid-19 à nível local. Segundo a reitora da Unisc, Carmen Lúcia de Lima Helfer, “a iniciativa assumida por profissionais da saúde da universidade foi relevante e ousada. Então, acima de tudo, é um orgulho saber que podemos colaborar, através da nossa estrutura física e da capacidade destes profissionais, para a compreensão e o enfrentamento ao vírus”.