Assunto será tratado pelo engenheiro civil, CEO e fundador da Construflow, Cícero Sallaberry
O Curso de Engenharia Civil da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) realiza nesta quinta-feira, 18, a Aula Inaugural com o tema “Utilizando a Inteligência Artificial na Construção Civil”. O assunto será abordado pelo engenheiro civil, CEO e fundador da Construflow, Cicero Sallaberry. Também participa o líder em IA da Construflow, Guilherme Veiga. Inicia às 19 horas, na sala 101, no bloco 1.
Para Sallaberry, a Inteligência Artificial pode ser empregada na construção civil de várias maneiras, principalmente através da automação e otimização de processos. Ela pode ser usada no planejamento e design, utilizando algoritmos para criar modelos 3D eficientes e simulações de construção. “Outra aplicação é na gestão de projetos, onde a IA pode prever atrasos e sobreposições de cronograma, analisando grandes volumes de dados para otimizar a alocação de recursos. Além disso, a IA é útil na manutenção preditiva de equipamentos através da análise de dados de sensoriamento para prever falhas antes que ocorram, reduzindo paradas não planejadas”, explica.
Com relação ao aumento na produtividade, ele defende que isso pode ocorrer pela capacidade de análise e previsão da IA. Com a integração de dados em tempo real e a aprendizagem de máquina, é possível ter uma visão mais clara do progresso de projetos e identificar gargalos rapidamente. “A automatização de tarefas repetitivas também libera a mão de obra para focar em atividades mais complexas e de maior valor agregado. A utilização de drones e robôs guiados por IA para tarefas de inspeção e monitoramento de obras garante mais precisão e rapidez, além de contribuir para a segurança ao reduzir a necessidade de trabalho humano em ambientes perigosos.”
Segundo ele, embora a IA traga muitos benefícios, existem desafios e riscos associados que podem ser vistos como negativos. A dependência excessiva em sistemas automatizados pode levar a uma perda de habilidades críticas entre os trabalhadores, que podem se tornar menos envolvidos no processo decisório. “Além disso, erros nos algoritmos ou dados inadequados podem levar a decisões erradas que podem atrasar projetos ou aumentar os custos. Também há preocupações com a privacidade e segurança dos dados, especialmente com o uso crescente de IoT e dispositivos conectados nas obras”, finaliza ele dizendo que é crucial uma gestão cuidadosa e regulamentação apropriada para mitigar estes riscos.