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Na primeira turma, eram 31 jovens. Atualmente a Unisc já formou 831 fisioterapeutas

O dia 2 de março de 1998, marcou o início das aulas do Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), pioneiro na região e que se coloca no cenário da educação do Ensino Superior entre os mais conceituados no cenário atual. Na primeira turma, eram 31 jovens, sendo que 17 concluíram o curso em 2002. Atualmente a Unisc já formou 831 fisioterapeutas.

Quem vivenciou esse momento histórico foi o fisioterapeuta Diogo Krainovic, egresso da primeira turma. Diogo conta que o curso chamou a atenção dele por ser uma novidade oferecida pela Unisc. “Tive mais colegas de escola que estavam se movimentando para também fazer. Me interessei pelo currículo e achei que seria uma oportunidade de fazer um curso que me proporcionasse um futuro profissional positivo. Então, acabei optando pela formação em Fisioterapia na Unisc”, fala.

Natural de Vale do Sol, mas como já tinha moradia em Santa Cruz do Sul, acabou optando também por questões de logística. “Além disso, a Unisc sempre trouxe inovação e proporcionou aos alunos uma estrutura física nova, com aparelhos modernos e que nos conectassem ao que havia de mais atual, o que impactou diretamente na nossa formação”, enfatiza.

Além da estrutura já moderna para a época, Diogo pôde ser monitor do Laboratório de Cinesioterapia e Mecanoterapia, por dois semestres, e depois, mais um semestre na área da Pneumologia. “Na Unisc tive a oportunidade de me desenvolver como pessoa, pois em função do período em que estive como monitor ser o mesmo em que o prédio da Fisioterapia estava sendo concluído, tive a possibilidade de crescer junto com ele, em especial no relacionamento interpessoal. Como eu sempre gostei da parte operacional, me disponibilizava para auxiliar nas áreas que eram necessárias, passando a conhecer cada canto do prédio, e construindo também um bom relacionamento com professores que sempre nos auxiliaram, com a coordenação do curso, que sempre foi aberta a ouvir as sugestões de melhoria que iam surgindo, e com os funcionários de outras áreas da Universidade, bem como, com as turmas de fisioterapia que vieram na sequência do curso.”

O relacionamento com os professores estimulou para que ele sempre quisesse buscar um melhor entendimento sobre o corpo, sobre as técnicas de tratamento, para que os resultados junto ao paciente fossem colhidos com maior efetividade. “Isso me deixou muito mais seguro ao definir a melhor terapêutica a ser abordada com cada paciente. Além disso, tive a oportunidade de continuar atuando junto de alguns deles, que abriram as portas de suas clínicas para que eu desempenhasse o meu trabalho, após a formação em fisioterapia estar concluída.”

Atualmente, Diogo atua na área da fisioterapia manual. “Através de cursos de aperfeiçoamento e aprimoramento profissional, tenho me dedicado, em especial, ao tratamento das patologias da coluna vertebral, principalmente as hérnias de disco, onde posso oferecer resultados mais rápidos e eficazes através do uso de técnicas da Osteopatia e da Quiropraxia, entre outras, que me permitem também avaliar melhor o paciente e tratar com maior agilidade e precisão”, complementa ele que também atua na área de traumatologia, onde realiza a reabilitação de pacientes pós-cirúrgicos de qualquer parte do corpo, sendo as mais comuns joelho, coluna e ombros. 

DIOGO

Diogo na época da formatura, em 2002 e, atualmente

Profissão em constante transformação

Parte da história, a professora Andrea Lucia Gonçalves da Silva lembra que o estudo curricular do primeiro  currículo do Curso de Fisioterapia foi construído por uma comissão composta por ela e pelas professoras Miriam Reckziegel e Liane Pauli. “Nós visitamos todas as Universidades do Rio Grande do Sul que ofertavam Curso de Fisioterapia na época, o que eram poucas. Conhecemos a estrutura curricular e física, tanto das universidades públicas quanto privadas. A partir daí foi construída uma estrutura curricular com base nas diretrizes curriculares da época, adequada a nossa realidade local regional e com foco no mercado de trabalho como diferencial para a primeira  turma de estudantes.”

A coordenadora do Curso de Fisioterapia, professora Angela Cristina Ferreira da Silva, está há quase 25 anos no curso e tem muito orgulho por tudo o que foi construído ao longo dos anos. Ela enfatiza a parceria dos colegas que passaram pelo curso, a gestão superior da Unisc, o apoio dos setores internos e dos serviços externos como do Hospital Santa Cruz e, por um longo tempo, do Hospital Ana Nery, rede básica de saúde de Santa Cruz do Sul e Vera Cruz, que foram fundamentais para a formação dos estudantes e a consolidação do curso. Além disso, a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde que sempre apoia as iniciativas e serviços. 

“Portanto comemorar os 25 anos é um sentimento ambíguo: de um lado a alegria e o orgulho, de outro, a nossa responsabilidade se intensifica a cada dia, pois há uma dinâmica muito diferente do passado. Atualmente,  o cenário formativo, em especial do Ensino Superior, necessita de movimentos internos do corpo docente da Unisc para compor uma formação de qualidade, o que recentemente se concretizou com a Reinvenção Pedagógica. E nós estamos muito engajados nessa proposta, realizando-a com responsabilidade e compromisso com a Instituição e com a profissão, atentos ao mercado de trabalho que também se movimenta de forma impressionante.”

A subcoordenadora do curso, professora Paula Bianchetti, também acrescenta as constantes mudanças no mercado de trabalho do fisioterapeuta, já que tem atuação nas mais diversas áreas da saúde, como neurologia, traumato-ortopedia, cardiorrespiratória, órteses e próteses, saúde da mulher e do homem, dermatofuncional, reumatologia, em todas as faixas etárias, incluindo o setor industrial e docência entre outras.  Durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, a profissão de fisioterapeuta demonstrou importância atuando de forma conjunta na equipe multidisciplinar e segue atuando nos casos pós-Covid. 

“É uma ciência em constante renovação e o profissional deve estar atento às novas demandas que surgem, assim como às inovações tecnológicas que são cada vez mais frequentes e apresentam relevância no tratamento fisioterapêutico. A Unisc sempre foi e é  comprometida em formar profissionais éticos, criativos e inovadores, atentos às transformações que acontecem, para que o melhor possa ser oferecido aos seus pacientes, através dos fisioterapeutas que ingressam no mercado a cada ano.”

Motivo de orgulho

Para o reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn, o Curso de Fisioterapia da Unisc é motivo de orgulho para a Universidade. “Essa trajetória de sucesso é um reflexo da qualidade do ensino oferecido e do compromisso com a formação de profissionais capacitados e éticos. Ao longo desses 25 anos, a Unisc tem formado profissionais altamente qualificados, preparados para atender as necessidades da população.”  

Outro ponto importante lembrado por ele, é o envolvimento do curso com a comunidade, por meio de atividades de extensão e projetos sociais. Em 2022, o curso fez quase 19 mil atendimentos à população. “Essa história foi construída por muitas pessoas, professores, técnicos administrativos e estudantes. Parabéns a todos e que venham os próximos 25.” 

A vice-reitora da Unisc, Andreia Rosane de Moura Valim, também enfatiza o papel importante do curso na comunidade do Vale do Rio Pardo. “Temos profissionais egressos atuando em diversos municípios, em diversos serviços de saúde, implantando suas clínicas, suas atividades sempre em prol da promoção, da recuperação e da reabilitação das pessoas. Somos muito felizes com a qualidade dos nossos egressos e com o desempenho profissional de cada um. Quero citar também o papel importante que o curso de fisioterapia desempenha relacionado aos serviços. Temos o serviço de fisioterapia aqui no campus, algo extremamente importante para aquelas pessoas que precisam desse atendimento. Assim também como a atuação do estudante dentro do Hospital Santa Cruz.”

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