Tiago Daniel Dias e Arthur Luis Bernardy, ambos de 15 anos e atletas do Projeto Cestinha Sesi/Unisc há seis e cinco anos, respectivamente, foram convocados para a categoria sub-15 da Seleção Brasileira de Basquete. A notícia foi recebida com alegria pelos jovens e pelo coordenador do projeto e professor do curso de Educação Física da Unisc, Gilmar Weis. “Foi uma surpresa. Não esperava que a convocação fosse agora”, garante Tiago.
Para os treinadores do projeto, Fernando Lawisch Júnior e Thiago Rauber, o reconhecimento ao talento dos atletas é mais do que merecido. “Eles sempre foram os melhores da equipe. A convocação para a seleção brasileira é uma consequência natural”, aponta Júnior. “Os dois são muito dedicados, focados e apresentam alto rendimento. Foram convocados na hora certa”, observa Rauber.
Segundo Arthur, seu principal objetivo, desde que ingressou no Cestinha, é evoluir no esporte e treinar de forma intensa. “Antes tinha uma visão mais social do basquete e, hoje, vejo no esporte uma grande oportunidade de crescimento pessoal e profissional”, conta. Assim como o colega, Tiago sempre se esforçou para ser o melhor em quadra. “Tinha dificuldade em jogar e precisei treinar bastante no Cestinha”, revela.
Para os atletas, o projeto mudou seus hábitos e trouxe muitos benefícios. “Fizemos novas amizades e estamos mais focados no esporte e concentrados nas aulas. Além disso, nosso rendimento físico também melhorou”, afirma Arthur. A parceria iniciada no Cestinha continuará em 2017, mas em outra equipe. A partir de janeiro, os jogadores farão parte do time de basquete do Minas Tênis Clube, de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Sonho adiado
Tiago e Arthur sonhavam estrear na Seleção Brasileira de Basquete no Campeonato Sul-Americano Sub-15, realizado de 25 a 29 de outubro, em Assunção, no Paraguai. Porém, o sonho teve que ser adiado. Devido a problemas financeiros enfrentados pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB), a seleção não participou do Sul-Americano Sub-15 e, consequentemente, também não jogará a Copa América Sub-16, em 2017, e tampouco o Mundial Sub-17, em 2018.
“Lamento pelos meninos, que desde o início demonstram dedicação, foco e investem muito no basquete para desenvolver todo o potencial que têm”, comenta Weis.
Publicado por Felipe Nopes