Veterinária Cláudia Lautert diz que alguns pontos devem ser cuidados como, por exemplo, as condições para o passeio do animalzinho
Os dias de temperaturas extremas do verão já chegaram e o clima exige cuidados especiais com os pets. Inteligentes, os mascotes mostram que estão com algum incômodo mesmo sem falar. Cabe ao humano ser vigilante quanto ao comportamento do animal e providenciar logo algum conforto antes que o mal-estar resulte em prejuízo maior.
Segundo a médica veterinária e gestora do Hospital Veterinário da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Cláudia Lautert, alguns pontos devem ser cuidados como, por exemplo, as condições para o passeio do animalzinho. “O horário ideal é passear nos momentos em que o sol não está tão forte, até as 10 horas da manhã e depois das 16 horas. A melhor forma de verificar se o chão está confortável para as patinhas do pet é colocando o dorso da mão no chão por cinco segundos. Se sua mão aguentar esse tempo, é seguro. Outro ponto importante é passear somente depois que todo o esquema vacinal estiver em dia, geralmente após os quatro meses e meio de idade”, explica.
Quanto ao animal ter menor quantidade de pelo para estar mais confortável, ela salienta que o tema é um mito. “A pelagem é um isolante térmico e age tanto para proteger do frio quanto do calor. A tosa geralmente está associada mais à estética do que ao próprio conforto do animal”, destaca.
Além do cuidado direto com o animal, é importante estar atento ao local onde ele come e aos alimentos em si. “O alimento deve sempre ser fornecido em horários específicos, geralmente duas refeições ao dia são suficientes (animal adulto). Se o animal não comer, retirar o prato e oferecer em outro horário é o ideal. Assim, evita que haja a multiplicação de bactérias maléficas e fungos associados à produção de micotoxinas (toxinas responsáveis por diversas doenças), podendo causar gastroenterites. Além disso, tal conduta auxilia na questão comportamental; favorecendo vínculo tutor-animal”, diz a veterinária.
A proliferação de pulgas e carrapatos nesta época do ano também é algo comum. Para Cláudia, o cuidado deve estar tanto no animal quanto no ambiente da casa. “Há medicações disponíveis no mercado para administrar no pet, que podem ser orais ou tópicas. Independente do fármaco utilizado é fundamental realizar uma desinfecção também do ambiente que esse animal vive, pois é ali que estão os ovos e a grande maioria das pulgas. Se não tratarmos juntamente animal e ambiente, sempre teremos problemas com os ectoparasitas (pulgas e carrapatos). De qualquer forma, buscar o auxílio de um médico veterinário sempre é o melhor caminho”, conclui Lautert.
*Texto produzido pelo acadêmico de Jornalismo da Unisc Nícolas Vinícius da Silva, na disciplina de Assessoria de Imprensa